Bolsonaro anuncia nomes de três ministros em eventual governo
Candidato do PSL disse que Onyx Lorenzoni seria o chefe da Casa Civil, general Augusto Heleno para a Defesa e o economista Paulo Guedes para a Economia.

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro,
anunciou nesta quinta-feira (11), o nome de três ministros em um
eventual governo. Ao lado de apoiadores, o presidenciável confirmou os
nomes de Onyx Lorenzoni, do DEM, para Casa Civil, do general Augusto Heleno para a Defesa e o do economista Paulo Guedes para a Economia.
"Ainda não temos nome para outros ministérios, até porque temos de
esperar com prudência o dia 28 de outubro, onde podemos ter a certeza de
anunciar nomes", afirmou Bolsonaro - o candidato do PSL aparece com 58% dos votos válidos na primeira pesquisa divulgada no segundo turno.
O candidato a vice-presidente de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, não compareceu ao evento organizado pela campanha, nesta quinta-feira, 11, no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Ao Estado, Mourão disse que não foi ao evento porque tinha uma reunião "com companheiros" de seu turma da Academia Militar das Agulhas Negras, que aconteceu também no Rio.
Todos os
líderes da campanha de Bolsonaro, apoiadores e cerca de 150
parlamentares eleitos pelo PSL estavam no evento. Outra ausência sentida
foi a do economista Paulo Guedes. O evento era só para parlamentares
eleitos.
Imprensa pôde fazer poucas perguntas; repórter é hostilizada
Por cerca de 15 minutos, Bolsonaro falou abertamente, em seguida,
permitiu que a imprensa fizesse algumas poucas perguntas. Apesar do
grande número de representantes da imprensa presentes, para poucos foi
dada oportunidade de questionar o candidato. A primeira inscrita da
imprensa nacional, uma repórter da Folha de S. Paulo foi vaiada
e hostilizada por apoiadores de Bolsonaro que cercaram a imprensa
durante a coletiva. Foi preciso que o presidente do PSL, Gustavo Bebianno, pedisse respeito à imprensa, para que se calassem e permitissem que a repórter fizesse sua pergunta.
Bolsonaro ainda recomendou aos políticos do seu partido e apoiadores que não falem com a imprensa. "Recomendo, até se for o caso, a nem falar. Porque grande parte da mídia é de esquerda e quer, de todas as maneiras, arranjar um meio de nos desgastar", disse Bolsonaro à plateia de aliados.
Ele se dirigiu em especial aos "eleitos", que, em sua opinião, devem ter "muito cuidado para lidar com a mídia". "Eles não querem fazer uma matéria isenta, dizendo algo que você sonha. Ele (o repórter) quer arranjar uma maneira de pegar uma frase sua, uma escorregada, para me atacar", complementou.
Segundo Bolsonaro, a divulgação de notícias falsas nas redes sociais é
uma característica própria do partido adversário, o PT. "Conseguimos
enfrentar fake news de toda ordem. E vamos continuar combatendo isso
daí. Somos completamente diferente deles, que atentaram contra a minha
vida. Nós somos um perigo não para a democracia, mas para aqueles que
teimam em não ser brasileiros", afirmou.